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MOSTRA DE VÍDEOS 2018

A terceira edição da Mostra de Vídeos Conquista Ruas será apresentada entre os dias 1 e 4 de agosto no Centro de Cultura Camillo de Jesus, em Vitória da Conquista, e no Centro Cultural del Carmen, em Valência (ES). A edição de 2018 reúne trabalhos que, a partir do tensionamento das liminaridades entre registro de ação, videoperformance, intervenção urbana e performance na cidade, apresentam uma discussão sobre ação, cidade e  imagem atravessada por questões estéticas, éticas e políticas. Esta edição reúne 33 obras audiovisuais de artistas de nove estados brasileiros (Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo) e de artistas residentes no México, Espanha, Colômbia e Portugal.

AFRODITE CAÓTICA + POVO NO PODER

São Paulo (BR), 2017, 2’26”

AFRODITA CAÓTICA

 

AFRODITA CAÓTICA _ Es una performance que combina audiovisual y danza construida sobre el tema de las mujeres urbanas, caóticas y que ofrece, a su vez, gestualidades de las mujeres urbanas en diálogo con la virtud de un fallo de la coreografía atractiva en sí mismo del Yo.

La hembra caótica, fracasada y cansada,/ femenina tomada con el tacón roto ningún medio o alto/ bajo nivel para aquellos que lo conocen bien/ con sus piernas desnudas/ el bailarín elegir el mejor perfil/ los restos todavía plantea/ el exhibicionismo como la salvación en flash/ en virtud de un lugar secreto donde dibuja poco allí.../ entonces no hay arquitectura capaz de aliviar,/ sobre otros intentos tensos-activos/ desfilo donde nadie invitó.

 

Performance: Thais Ponzoni

Câmera/vídeo/edição: Rodrigo Munhoz

“Batom”

Fortaleza (BR), 2016, 1’26”

Maruska Ribeiro

 

Surgiu da Performance “Batom” o desejo de ir para rua, enfrentar esse meio urbano com a persona e observar a relação dela com a rua. Trazendo provocações e trocas com os transeuntes, as implicações do feminino por estar com uma roupa não convencional e perceber a experiência que traria para meu trabalho. Com o tempo surgiu oportunidade de ser divulgado e se tornar uma vídeo-performance.

 

Concepção: Maruska Ribeiro

Atriz/Performer: Maruska Ribeiro

Filmagem: Gabriel Matos

BETA VULGARIS

São Paulo (BR), 2017, 1’55”

Julie Dias

 

Beta vulgaris explora a relação transgressora com o objeto orgânico. A performer interage com beterrabas cozidas dimensionando as diversas ações e particularidades delas e do corpo em um pequeno espaço forrado por folhas de papel branco de aproximadamente um metro, colocadas sobre parede e chão. As ações incluem situações de desenho nas condições de criação de marcas provocadas pela pigmentação das beterrabas nas folhas e, no corpo da performer.

A vídeo performance debate sobre engessamentos sociais do corpo feminino, buscando se defrontar com ações que violam e ocasionam uma menção do fazer e do ser no cotidiano feminino, hora investigando a potência da violência hora se tornando um corpo encolhido, vulnerável e quieto. “É um trabalho que tem uma questão do feminino muito forte. O banhar-se, a menstruação, o deitar-se, limpar, é tudo tratado de uma maneira transgressora e até bela” – Katia Salvany.

Cama, mesa e banho

nômade (BR), 2018, 3’22”

Nanda Boaventura

 

quando o meu corpo deixou de me pertencer? reflexão necessária acerca da violência doméstica, onde o abuso é silenciado e o grito faz morada no nó da garganta. vó cama, mesa e banho. mãe cama, mesa e banho. eu cama, mesa e banho. reconhecendo o corpo que me habita. limpando e curando a sujeira de gerações que me alcança. eu, livre moradora de mim.

 

video-de-performance:

Cama, mesa e banho (2018) de Nanda Boaventura.

realização audiovisual: Jeffe Grochovs

Chupeta

Rio de Janeiro (BR), 2018, 3’39”

Augusto Melo Brandão

 

De cabeça raspada, com uma chupeta na boca, calça camuflada, coturnos e uma camiseta branca, engatinhar e rastejar pelo trajeto entre o Clube militar e a Câmara dos vereadores, na praça da Cinelândia, Rio de Janeiro. No início e no final do trajeto, bater cabeça como filho de santo homem – diante do clube militar – e como filho de santa mulher – em frente à câmara dos vereadores.

 

Performance: Augusto Melo Brandão

Vídeo: Frederico Klumb e André Rodrigues

Edição: Frederico Klumb

CORPOS INFORMÁTICOS - ENEARTE DF - 2016

Salvador (BR), 2016, 6’37”

Bela Amado

 

Oficina ministrada pelo Corpos Informáticos no vigésimo ENEARTE realizado na cidade de Brasília no ano de 2016.

Delírio Ambulatório

Salvador (BR), 2017, 5’

Renata Dourado

 

Experiência cotidiana - relação com a rua - poesia do andar - in(corpo)ração na obra de arte. Atravessamentos de realidades propostas por Hélio Oiticica e Renata Dourado em uma interseção-diluição de tempos e partilha de pensamentos.

Desejos de hospital

Vitória (BR), 2016, 5’38”

Natalie Mirêdia

 

Em Desejos de Hospital, eu me arrasto pelo chão de uma sala sem janelas. É uma sala que está em processo de restauração e por isso há muito pó de cimento. O interior da sala não está com nenhum tipo de acabamento, até mesmo os fios elétricos estão expostos. Uma sala claustrofóbica e densa, assim como o seu exterior: a cidade. O dentro reflete o fora. A arquitetura se repete.

Vestida de uma camisola antiga, eu me arrasto acoplada a algumas serras em disco em volta da minha cabeça. O atrito das serras ao chão junto a um canto melódico entoado por mim abre espaço para uma narrativa lúdica e incerta.

Câmera: Jéssica Subtil

Criação e artista: Natalie Mirêdia

“[des]encontro/[per]forma”

Cândido Sales, Bahia (BR), 2015, 5’02”

Cia de Teatro Trancos e Barrancos

Vídeo produzido em decorrência do [não] acontecimento [] do [des]encontro.

(des)Ordem e re(Pro)gresso

Crato (BR), 2018, 5’15”

Lívio do Sertão

 

Esse vídeo nasce como o desdobramento audiovisual da performance urbana (des)Ordem e re(Pro)gresso que é o ato estético político do artista Lívio do Sertão, que busca através da ação dialogar com a sociedade sobre a situação em que o país foi posto depois do golpe jurídico parlamentar perpetrado sobre a presidenta Dilma e o povo brasileiro.

 

Direção, edição e performance - Lívio do Sertão

Captação de imagens: Suyane Oliveira

Produção executiva: Fatozero Produções Culturais

D Ó C I L_animal doméstico

São Paulo (BR), 2017, 3’50”

Letícia Maia

 

“D Ó C I L_animal doméstico” é um jogo interativo onde o participante é convidado a tirar cartas de um baralho que contêm instruções que deverão ser acionados por Dócil, a figura se mantêm exposta em um espaço com objetos do ambiente doméstico . Refletindo sobre o espaço ocupado pelo corpo feminino em seu cotidiano, e como o ambiente e as ações domésticas podem ser um elemento silenciador, condicionando e habituando esse corpo a certos tipos de violência.

Performace realizada em Agosto de 2017 no Chá de Performance - La Plataformance

https://laplataformance.blogspot.com.br/2017/08/imagens-cha-de-performance-leticia-maia.html

 

Artista: Letícia Maia

Registro e edição: Rodrigo Munhoz

Ella A Comportada

Araraquara (BR), 2016-2017, 4’52”

Geórgia Palomino / Ella A Comportada

 

A personagem Ella a Comportada caminha com um livro na cabeça pelas ruas do centro da cidade,e traz analogias sobre a opressão social das mulheres. Nesse percurso a queda do livro desestabiliza ao mesmo tempo que provoca uma mudança de sentido, concretizada em microdanças que se inter-relacionam com frases que saem do livro opressoras e machistas que são compartilhadas com o público. As ações vão se constituindo de acordo com as interações e influências externas que os transeuntes propiciam.

Busca-se através dessa intervenção urbana, provocar, inquietar, lançar para as pessoas um olhar reflexivo e crítico sobre a realidade das mulheres e do feminino em nossa sociedade.

 

Performer: Geórgia Palomino

Direção: Weber Fonseca

Filmmaker: Paulo Delfine

Errante

Bogota (CO), Filadelfia (EEUU), 2018, 6’10”

TRANSEÚNTES

 

Corto documental que registra la acción de caminar por el barrio Spring, un sector mixto (residencial-industrial) de la ciudad de Bogotá, utilizando un plano secuencia con un enfoque poco usual y resaltando los sonidos urbanos, los cuales han sido interferidos con un texto poético. Aprovechando la distancia física, TRANTEÚNTES pretende generar un espacio para otras percepciones a partir de la video-acción.

 

Título: Errante

Texto: Juan David Arévalo

Voces: Salomé Cosmique – Juan David Arévalo

Cámara y edición: Felipe Chona

Producción: TRANSEÚNTES

Estar a Par

Catanduva-(BR) / Porto (PO), 2017, 3’50”

Tales Frey

 

Calçando um mesmo par de sapatos com entrada para quatro pés, proponho uma convivência de duas horas ininterruptas com o meu marido Paulo da Mata, com quem percorro, em silêncio, toda a área delimitada para a ação acontecer. O design do objeto força que nossos corpos estejam posicionados um de frente para o outro e que nossos passos assemelhem-se aos de uma dança a par. Durante esse convívio, exploramos juntos as oscilações dos nossos estados físicos e mentais até o final do tempo estipulado.

Eterno Retorno | autoconstrução

Macapá (BR), 2018, 3’41”

Cristiana Nogueira

 

Neste trabalho, busco a relação de meu corpo com a cidade de Palmas, especificamente com sua malha viária, partindo de uma motivação contaminada pelas questões políticas e sociais nacionais. O eterno retorno ao conservadorismo, assim como as práticas preconceituosas e discriminatórias que permeiam os diversos níveis da sociedade, contaminam não só a cidade como quem a habita. Este ritual é uma forma de refletir sobre o processo de construção de Palmas (com sua similaridade com a história de Brasília de algum modo) e sua ligação com a ideia de crescimento e desenvolvimento econômico (ou melhor, desenvolvimentista) que carrega e que, de alguma forma, é um dos elementos principais utilizados pelo discurso neoliberal vigente no país há alguns anos. Com algumas simbologias envolvidas, Eterno Retorno é um ritual urbano cínico, ficcional, padronizado pela repetição criada pelo desenho da cidade (pós)-‘modernista’ de Palmas. Através da insistência podemos chegar em algum resultado, mesmo que este seja apenas o de pretensamente repetir-se eternamente a mesma ação. Tal como sísifo no mito, esta ação busca quase uma redenção na impossibilidade de se conseguir cumprir a tarefa proposta, mas ao mesmo tempo aparentar/parecer fazer (estar fazendo) alguma coisa para mudar a situação imposta.

 

Imagens: Filipe Porto e Isabella Cordeiro

Edição: Cristiana Nogueira

Realizado na Residência Escala 1:1 – Palmas-TO

FICUS

São Paulo (BR), 2016, 4’47”

THAIS PONZONI

 

Ficus es un trabajo libre en sitio específico, donde bailo en un parque público situado en una zona degradada de la ciudad de Sao Paulo. La danza ha pasado al lado de un conjunto de árboles que anteriormente estaban equipados con sistemas de sonido. Yo quería desencadenar el movimiento del cuerpo a través del contacto con los árboles y las personas

que se encontraban cerca, de manera que al final del proceso sentí una presencia de la cooperación como una planta viva. La acción propone una lectura más allá del medio ambiente, es decir ... un ambiente entero.

 

Dance/Artista do Corpo: Thais Ponzoni

Vídeo/filmagem/edição: Rodrigo Munhoz

Interditado

Salvador (BR), 2016, 3’21”

Coletivo Fita Crepe

 

Desinterditem/ Minha fala, que quase não sai/ meu corpo que quase não transita/ meu fôlego que anda ofegante pela luta/ Meus passos que pelos empurrões precisam refazer o caminho/ Meus olhos que quase não contemplam o céu/ Minha pele que sente o arder, e a alma que queima/ Minha vida pede passagem.

Uma caminha pelo espaço reconhecendo ambiente, pessoas, aproximando-se, revelando-se, transparecendo. Em umas das mãos, uma gaiola, cheia de cascas de ovos, na outra uma fita de interdição. Interação com os transeuntes, mais caminhadas, diálogos, provocações visuais. Depois desse momento, segue uma instalação, a fita de interdição é enrolada na cabeça, asfixia, tremores, pausa. E nova peregrinação, desta vez em silêncio, sem contatos, interditado.

 

Performer: Vaguiner Braz

Videomaker: Paulo Copioba

Isso não era um trem

Vitória da Conquista (BR), 2018, 1’

Douglas Oliveira

 

Gravado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte “Isso não era um trem” é um curta-metragem que faz um paralelo com o tempo, através da contemplação das estátuas, embalado ao som de uma locomotiva, que mediante a montagem nos transporta para outra época.

Já temos assento

Rio de Janeiro, 2016, 3’29”

Mariana Maia

 

Inspirada por uma gravura de Francisco Goya, gravura nº 26, “Ya tienen asiento”, da série Los Caprichos, a artista compõe uma performance. A gravura em questão apresenta a seguinte nota em manuscrito que se encontra no Museu do Prado e na Biblioteca Nacional da Espanha: “Para que las niñas casquivanas tengan asiento no hay mejor cosa que ponérselo en la cabeza” e “Muchas mujeres solo tendrán juicio, ó asiento en sus cabezas, cuando se pongan las sillas sobre ellas. Tal es el furor de descubrir su medio cuerpo, sin notar los pillastrones que se burlan de ellas”.

“Já temos assento” busca os significados da gravura de Goya. As mulheres têm buscado seus assentos, tem lutado por seu lugar na sociedade. Um jogo de equilíbrio, uma dança, onde um pequeno vacilo pode derrubar o almejado assento. Nossas saias, símbolo de feminino no ocidente, se transformam em um véu, ou manto, que encobre nossas ações. A performance ainda coloca a questão: Quando cabeças podem estar assentadas? Faz assim referência a nossa ancestralidade e as religiões de matizes africanas, onde nossa espiritualidade ganha forma através dos assentamentos do candomblé.

Estranha figura assentada atravessa a cidade em busca de um assentamento para sua arte preta, feminina, marginal.

 

Performance: Mariana Maia

Câmera: Camilla Tenório

Fotografia: Aparecida Silva e Simone Ricco

Produção: Cristina Costa

Edição: Mariana Maia

Lundu

Salvador (BR), 2018, 6’17”

Bela Amado

 

Lundu é um curta artístico-documental que retrata as sutilezas do universo queer a partir do contraste palco e vida cotidiana, relacionando aspectos íntimos como elementos identitários da composição imagética de uma drag Queen.

LUTA # LUTO

São Luís (BR), 2017, 6’01”

Aloka das Américas

 

Quando a dança e a intervenção urbana se encontram. Salvador, janeiro de 2017. O luto das mulheres que sofrem com a violência do Estado e com os instrumentos sociais assassinos no Brasil. O luto e a luta. Desse encontro, Aloka das Américas dança a inequívoca força dos traços de Thalita Andrade, artista sapatona que traz em sua obra a resistência feminina. Num canteiro de obras do bairro Ondina, sou filmado pela artista e amiga Georgianna Dantas. Existe alguma rede de afetos que não sucumbe à violência. Acreditamos.

Depois de mais de um ano, monto essa videodança e penso na memória de Marielle Franco e em mulheres que ainda estão no fronte, muitas ameaçadas de morte. A luta, ela não para. É a luta que faz parte do luto; faz parte da memória de todas aquelas que insistem em não esquecer. Danço, então, com vocês. Danço com a memória das mulheres insistentes.

 

Direção e performance: Tiago Amate

Fotografia: Georgianna Dantas

Artista Visual: Thalita Andrade

MAGA III – PORQUE LA REBELIÓN ES COMO EL PECADO ORIGINAL

Ciudad de México (MX), 2017, 1’34”

CLARA M. CARCEDO – ARS MÁGICA MX

 

Performance sincréttico en el que lo sagrado y lo femenino, resurgen como fuerza real, colectiva y poética. El cuerpo femenino, mi cuerpo, nuestros cuerpos, como bandera toman el espacio sagrado. Cuidad de Guatemala febrero 2017.

MAXIXE

Recife (BR), 2010, 10’

Cia. Etc.

 

A sensualidade, a comicidade e o exagero são alguns dos elementos utilizados para a construção dessa videodança, que teve o ritmo do Maxixe como mote inspirador para sua narrativa. O trabalho imprime um movimento circular contínuo entre as personagens, que contamina os corpos em seu entorno, transeuntes do Mercado de São José, no centro do Recife.

 

Direção e roteiro: Breno César

Intérpretes-criadores: José W Júnior, Liana Gesteira e Marcelo Sena

Produção: Hudson Wlamir

Fotografia e edição: Breno César

Trilha Sonora Original: Marcelo Sena

Arte Sonora e Bandolim: Guga S. Rocha

Caracterização: Maria Agrelli

Realização: Cia. Etc.

Duração: 10’

MÓVEIS – Paisagem 1

São Paulo (BR), 2018, 2’51”

Fabio Lopes

 

MÓVEIS é uma série de vídeo - retrato onde se propõe o exercício de permanência e o estudo de observação para compor imagens com corpos, objetos e sons em ambientes internos e externos.

Periférico

Rio de Janeiro (BR), 2014, 7’23”

Renata Sampaio

 

Periferia: 1. Superfície ou linha que delimita externamente um corpo./ 2. Contorno duma figura curvilínea./ 3. Numa cidade, a região mais afastada do centro urbano./ (Dicionário Aurélio)

 

Periférico é o primeiro vídeo da serie PassarELA, realizada em 2014 na Caracol, passarela de formato excêntrico localizada na Avenida Brasil, via que liga o centro e a periferia do Rio de Janeiro. A obra surge do questionamento da artista, então moradora do subúrbio carioca, da necessidade de ir e vir pela Avenida Brasil para trabalhar e/ou se divertir. Tratava-se de um diálogo artístico com essa passarela, sua função, localização e seu formato, mas agora trata-se também de um documento histórico, visto que a passarela foi destruída em 2015 por conta de obras ligadas às Olimpíadas na Cidade.

No vídeo, a artista se enrola com linhas de diversas cores enquanto atravessa a citada passarela: Como seu corpo e o corpo da cidade se contornam mutuamente?

Em 2015, o trabalho integrou a Pequena videoteca de performance em paisagens brasileiras no Festival Materiais Diversos em Portugal, composto de cinco trabalhos provindos de partes distintas do país. http://www.materiaisdiversos.com/index.php/14910.

 

Performer: Renata Sampaio

Vídeo: Fabrício Sortica

PERSONA

Juiz de Fora (BR), 2017, 9’10”

Augusto Costa

 

Os processos envolvidos neste trabalho são constituídos pela captação de ações, práticas, comportamento , tempo e espaço. A obra se preocupa em apresentar o Ser e o Espaço, o Subjetivo e o Interior.

REBEL HEART TIMES

Rio de Janeiro (BR), 2018, 3’48”

Luan Machado / Paris Blues

 

Gravado em um dos pontos mais badalados do mundo, a Times Square, em NYC, o performer vindo de um mundo supersônico dança pelas ruas afetado pelas batidas sonoras do seu headfone nos ouvidos, o salto alto é sua arma para intervir no espaço público e desta vez, no lugar mais ostentado do vislumbre capitalista. A sátira de um corpo glamuroso, andrógeno, irônico e icônico.

 

Criação, edição e performance: Luan Machado

Produção: Paris Filmes

“SERVIÇAL”

Madalena (BR), 2018, 3’35”

Jefferson Skorupski

 

“Serviçal” é uma performance social reality, com desdobramentos referente ao sistema colonial e escravagista brasileiro. Uma ação replicadora do sistema de subalternidades dada às minorias de cor negra, caracterizando-se uma “colonização-escravista” perpetuante e passível de naturalização de suas funções subservientes e já previamente estabelecidas hierarquicamente pelas camadas mais brancas da nossa sociedade.

Servicios a la Comunidad #1

Valencia (ES), 2015, 3’01”

Yolanda Benalba

 

En Servicios a la Comunidad #1 se ofreció la limpieza de los zapatos a ciudadanxs de la zona euro por un precio irrisorio. Los precios establecidos se ordenaron según el PIB anual de los países europeos que comparten el euro como moneda, esto significó que, una alemana pagó 0'09euros y un español 0'05euros por el mismo servicio. Lo absurdo del precio definió el contrato económico entre la performer y lxs espectadorxs que se convertían en clientes, evidenciando las diferencias económicas y por tanto de poder que vivimos entre los países de la Unión Europea. Esta limpieza pública, fuera de ser un gesto ingenuo, fue realizada con una bandera de la nacionalidad de la performer usada como trapo.

Sujeira

São Paulo (BR), 2016, 6’44”

Mônica Galvão

 

Corpo sujeira. Corpo relação. Corpo atravessado pelo lugar e pessoas. Estar ali, de maneira

inusitada, provoca um desvio. Uma transgressão do uso do espaço. Imagem de corpo que se transforma em coisa, que se molda ao espaço, que se desfaz, se desconfigura, seja pelo

cansaço, pela insistência do movimento, ou através da mutação da matéria no corpo, enquanto uma só coisa, corpo e matéria. Corpo-coisa.

Tecendo o fio das resistências cotidianas...

Salvador (BR), 2017, 50”

Coletivo Mulher, Artista, Urbana!

 

A partir de vivências de artistas de rua na cidade de Salvador, propomos a construção invisível e  cotidiana de uma cartografia afetiva, construindo espaços físico sutis através de corpografias e narrando outras perspectivas. Em uma dessas vivências com a Poeta de rua Diana Manson percorremos seu trajeto de trabalho (em transportes públicos e praças) e podemos perceber um pouco do seu universo e do que ela planta em nossa cidade com seus passos e versos. O projeto Mulher, Artista, Urbana! é uma iniciativa da artista visual e do corpo Ana Beatriz Souza, que em parceria com artistas e pesquisadoras, vêm desenvolvendo a cartografia afetiva de nome “Mulher, Artista, Urbana! Uma cartografia sobre danças, corpo grafias e pixação em Salvador.”, juntamente com o observatório de Artes femininas “Mulher faz é ARTE”.

 

Artista: Ana Souza

Poeta: Diana Manson

Transporte Olímpico

Rio de Janeiro (BR), 2016-2017, 7’38”

Elilson

 

Transporte Olímpico registra a performance homônima do artista Elilson, realizada no Centro do Rio de Janeiro em 2016 - na versão “corrida solo” - e, em 2017, na versão “revezamento” com a colaboração dos performers Andrêas Gatto, Gunnar Borges e Maria Palmeiro. Na ação, uma parada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT Carioca) é utilizada como academia de ginástica para que, na sequência, uma corrida seja apostada com o transporte em movimento. Ultrapassar e ser ultrapassado, corpo a corpo, com a máquina-emblema do legado olímpico carioca. O trabalho surgiu durante o processo de orientação da professora Eleonora Fabião no âmbito da pesquisa de mestrado do artista desenvolvida na UFRJ sobre arte da performance e mobilidade urbana.

 

Concepção e performance: Elilson, a partir de proposição de Eleonora Fabião

Performers-colaboradores: Andrêas Gatto, Gunnar Borges e Maria Palmeiro

Imagens: Maria Palmeiro e Tania Grillo

Edição: Lorena Pazzanese

l’ombra

Salvador (BR), 2018, 05’32’’

Levi Barbosa e Thulio Guzman

 

Sombras coloridas, luzes projetadas, dança entre corpos digito-reais, vários de um, dançando efeitos-vídeos pelo uso de drogas, sensação de relaxamento extremo devido ao uso de maconha entre sombras, luzes, lumens, lombras.

 

Fotografia e Montagem: Levi Barbosa

Coreografia: Thulio Guzman

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